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Brésil : thérapies de conversion = mort

jeudi 5 octobre 2017

La semaine dernière, un juge fédéral de Brasília a statué en faveur d’une action menée par une psychologue évangéliste, Rozangela Justino, et rétabli l’autorisation légale de mener des « thérapies de conversion » et d’entreprendre des recherches sur ces prétendus traitements qui entendent « guérir » (sic) les homos et les trans.

Derrière ces prétentions, la réalité que cautionne cette décision de justice est violente : les thérapies de conversion rabaissent, humilient, brisent, nuisent à notre santé, alimentent les nouvelles contaminations au VIH/SIDA et tuent.

La tournure de la décision judiciaire rendue publique le 19 septembre est particulièrement perfide : le juge Waldemar de Carvalho stipule simplement qu’on ne peut empêcher les psychologues de proposer ces « thérapies de conversions » aux personnes qui le désirent – bien qu’elles soient généralement imposée par la famille de l’intéresséE – mais renvoie par la même occasion l’homosexualité dans la case des maladies, dont elle n’avait que trop tardivement été rayée, en 1990 par l’Organisation mondiale de la santé (OMS), il y a seulement 27 ans.

Pour protester contre cette énième attaque contre la communauté LGBTI, déjà extrêmement marginalisée, du Brésil, plus grand pays catholique au monde, aux mouvements évangélistes en expansion, qui compte le plus grand nombre connu de personnes trans tuées chaque année, Act Up-Paris a choisi d’organiser un kiss in devant l’Ambassade du Brésil à Paris ce jeudi après-midi.

A cette heure de forte affluence, cette action est d’une part une protestation contre cette légalisation de facto des thérapies de conversion au Brésil, et d’autre part une marque de soutien aux personnes concernées, au Brésil comme partout ailleurs dans le monde.

Gouines, biEs, pédés, trans, putes, usagèrEs de drogue, étrangèrEs, nous sommes solidairEs de nos communautés où qu’elles soient et nous continuerons d’agir pour qu’ilELLEs sachent qu’ilELLEs ne sont pas seulEs.

ACTION=VIE

Brasil : terapias de conversão = morte

Na semana passada, um juiz federal de Brasília decidiu em favor de uma ação da psicóloga evangélica Rozangela Justino, reintegrando a autorização legal para a condução de "terapias de conversão" e permitindo realizar pesquisas sobre esses supostos tratamentos que pretendem "curar" (sic) homossexuais e pessoas trans. Por trás desses objetivos, a realidade que endossa a decisão judicial é violenta : as terapias de conversão rebaixam, humilham, deterioram, prejudicam nossa saúde, alimentam as novas contaminações de HIV/AIDS e matam.

A orientação da decisão judicial divulgada em 19 de setembro é particularmente perniciosa : o juiz Waldemar de Carvalho estipula simplesmente que não se pode impedir os psicólogos de propor "terapias de conversão" às pessoas que desejam - embora essas terapias sejam geralmente impostas pela família da pessoa em questão. Ao mesmo tempo, a decisão reinscreve a homossexualidade na casa das doenças, de onde ela havia sido riscada tão tardiamente em 1990, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), há apenas 27 anos.

Em protesto contra esse enésimo ataque à comunidade LGBTI brasileira, já extremamente marginalizada no maior país católico do mundo, que conta com movimentos evangélicos em expansão e o maior número conhecido de pessoas trans assassinadas todos os anos, Act Up-Paris decidiu organizar um beijaço na frente da embaixada do Brasil em Paris, que aconteceu na última quinta-feira à tarde.

Nesse horário de grande afluência, essa ação é por um lado um protesto contra a legalização de facto das terapias de conversão no Brasil ; por outro lado, marca o apoio às pessoas diretamente interessadas no Brasil e em qualquer outro lugar do mundo.

Sapatonas, bissexuais, bichas, trans, putas, usuários de drogas, estrangeiros, nós somos solidáriAs às nossas comunidades onde quer que elas estejam e vamos continuar agindo para que saibam que não estão sozinhAs.

AÇÃO = VIDA


contact presse : Xavier Coeur-Jolly, vice-président en charge du porte parolat 0675155332, communication@actupparis.org